31 de maio de 2009

As Meninas do Jô

Como Ridicularizar o Governo na TV

(ver vídeo abaixo)

Por Carls 1969

Aproveitando o comentário feito no blog do Eduardo Guimarães, que falou de uma certa "isenção" por parte da TV Globo, na tentativa de se dissociar mais do seu candidato, José Serra, atravéz do programa do Jô Soares As Meninas do Jô referindo à alguma "gafe" tucana, como aquela em que o governador de São Paulo pronunciou sobre ficar longe de porquinhos espirrantes para não pegar a gripe suína ou ao fato de terem mencionado que "o palanque da governadora tucana Yeda Crusius estava desabando", fazendo que o público brasileiro, que assiste assiduamente à essa concessão pública, acredite que a TV Globo é isenta ou "neutra" em relação à candidatos à Presidência. Sou um frequentador do blog do Guimarães e na maioria das vezes concordo plenamente com seus comentários. Desta vez, porém, não ví lá essa "isenção" (gafes do Serra/Yeda) que a Globo procurou mostrar. Até porque se trata de poucos segundos comparados ao inteiro programa As Meninas do Jô, onde o nosso simpático Gordo, à serviço da família Marinho e amigo de grande parte da elite nacional, destila ironia contra o PT e má informação ao público, contando piadas e gafes do Lula e até procurando desinformar sobre a CPI da Petrobras de modo assustador, praticamente chamando de burros todos aqueles que veêm seu programa. Diferente do Guimarães, eu ví algo como quando as 4 meninas, principalmente a Lúcia Hippolito e a Cristiana Lobo, "explicaram" como a Petrobras "se tornou uma gigante" (hoje), que a Petrobrás "é a 2ª maior empresa do Mundo" (hoje), que a Petrobrás "tem a mais avançada tecnologia do Mundo" (hoje), que a Petrobrás "é um colosso mundial" (hoje) e, sequer, mencionaram de quem foram os méritos para que a Petrobrás chegasse a ser tudo isso que é HOJE! No programa que voces verão abaixo no vídeo, só faltaram dizer que foi tudo mérito do PSDB (que derrubou a plataforma P-36 em março de 2001, época de FHC), que os méritos foram de gente como o idiota do Arthur Virgílio e o preconceituoso do Tasso Jereissati, ambos senadores tucanos favoráveis à essa CPI, na tentativa de enfraquecer, seja a Empresa (para poder recomeçar o processo de privatização), seja a candidatura de Dilma Rousseff que a cada dia sobe nas pesquisas, com câncer e tudo!

Mas vamos ao vídeo e tirem sus próprias conclusões:




Viram alguma "isenção"? Eu não ví. Aliás, o que o Jô Soares "mostrou de inédito", todo mundo já viu e re-viu na Internet e isso, a meu ver, desmorona a tese da "isenção" que a TV Globo quer passar. Seria "isenção" se a Globo passasse as gafes noticiando NO MESMO DIA, mas não SEMANAS DEPOIS do acontecido. Expliquei isso pro Eduardo.

Provavelmente a Globo realmente esteja vendo que apesar de todo esse martelamento contra o Lula, a população continue aprovando o Governo e se distanciando mais da emissora, que perde share de audiência para a ótima TV Record. Mas eu jamais vou acreditar que a família Marinho queira ser "isenta" na política brasileira.

Carls 1969.

25 de maio de 2009

Os 3 Mosqueteiros


Por Carls 1969

Os três patetas acima são os senadores
Arthur Virgílio (PSDB-AM), Álvaro Dias (PSDB-PR) e o lindo galego dos olhos azúis Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Esses ... querem uma CPI para a Petrobras com duas intenções: primeira é de desmoralizar a companhia e assim poder re-começar a privatizar uma empresa que irá gerar riqueza social a partir do investimento do pré-sal na educação. A segunda é de procurar enfraquecer a candidatura de Dilma Rousseff, já que a Ministra da Casa Civil está avançando em pesquisas seguras de bastidores dos próprios partidos de oposição numa velocidade incrível. Nas próximas eleições nos lembraremos desses infelizes.

17 de maio de 2009

A Petrobrás é nossa, tucanada!!


PSDB louco para se apoderar e PRIVATIZAR a Petrobrás



Por Paulo Henrique Amorim

Os tucanos querem desmoralizar e desestabilizar a maior empresa brasileira para servir a seus patrões: os privatizadores. Fernando Henrique abriu a exploração aos grupos estrangeiros na esperança de destruir a Petrobrás e vendê-la.

Fernando Henrique era a favor da privatização da Petrobrás. Ele e aquele que ele chama de “brilhante”, Daniel Dantas.

Daniel Dantas recebeu de Antonio Carlos Magalhães a incumbência de estudar a privatização da Petrobrás como forma de o PFL contribuir com o governo que se iniciava, o de Fernando Henrique Cardoso.

Como primeiro passo do marketing de privatização da Petrobrás, os cérebros que cercavam Fernando Henrique iam mudar o nome da empresa para “Petrobrax”, marca evidentemente mais globalizada… O sufixo “bras” provocava comichão em Fernando Henrique, que, em entrevista à Revista Piauí, qualificou a solenidade do 7 de Setembro de “uma palhaçada” (ele deve comemorar o 4, o 9 ou o 14 de Julho, em silêncio).

Na superfície, os senadores tucanos querem a CPI para salvar o mandato. O objetivo, porém, corre em águas profundas. [o riquíssimo Pré-Sal]

O que os tucanos querem é impedir que se crie uma nova agência estatal para administrar o pré-sal e, como na Noruega, através de um fundo de investimento, transferir os recursos para a educação.

Os tucanos, como os seus antecessores do PiG (Partido da Imprensa Golpista), fora do PiG (Globo, Veja, Folha de SP), Assis Chateaubriand e Roberto Campos, estão a serviço do capital estrangeiro.

Tomara que a ministra Dilma Rousseff e o presidente Lula, nos palanques da campanha de 2010, digam assim, com todas as letras: o Serra vai privatizar a Petrobrás.

Paulo Henrique Amorim

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O Objetivo da CPI da Petrobrás pelo PSDB

por Luiz Carlos Azenha

Uma CPI como a da Petrobras fornece o argumento essencial para Ali Kamel (diretor da Globo Jornalismo) e seus asseclas: estamos apenas "cobrindo os fatos", argumentam. Já escrevi aqui ene vezes sobre 2006: capas da Veja alimentavam o Jornal Nacional, que promovia a devida "repercussão", gerando decisões políticas que alimentavam outras capas da Veja, que apareciam no JN de sábado e geravam indignação em gente da estirpe de ACM, Heráclito Fortes e Arthur Virgílio.

Só essa "indignação seletiva" é capaz de explicar porque teremos uma CPI da Petrobras mas nunca tivemos uma CPI da Vale [do Rio Doce, privatizada à preço de banana por FHC] ou das privatizações.

Porém, os farsantes de hoje correm alguns riscos:

1. Especialmente depois da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, em que o Parlamento brasileiro foi privatizado para defender um banqueiro, o próprio instituto das CPIs está desmoralizado.

2. À CPI da Petrobras faltam detalhes picantes. Já imaginaram qual será o grande momento da investigação? O depoimento de um contador? De um fiscal da Receita? A essa altura o Ali Kamel deve estar pendurado ao telefone com o Demóstenes Torres exigindo algum cadáver, alguma secretária traída, qualquer coisa que tenha apelo. Para não afundar ainda mais a audiência do JN.

3. O brasileiro se identifica com a Petrobras. Os inquisidores da empresa correm o risco de serem tachados de entreguistas, de prejudicarem a empresa e, portanto, a imagem do Brasil no Exterior. É óbvio que o PSDB pretende usar a CPI para fazer barganha política nos bastidores, especialmente agora que estão em discussão as regras para a exploração do pré-sal. Em relação a 2010, não há nada mais poderoso do que acusar os tucanos de buscarem a privatização da Petrobras. No segundo turno de 2006, lembram-se? Lula, acusado de desperdício por ter comprado um avião presidencial novo, passou a dizer que Alckmin pretendia privatizar "até o avião da Presidência".

Isso forçou Alckmin àquele momento patético:

Vamos ver, agora, se a Petrobras continuará despejando dinheiro público nos intervalos do Jornal Nacional ou nas páginas de jornais e revistas cujo objetivo é servir ao projeto tucano de privatizá-la. Feito o filho do FHC com a jornalista da Globo, produzir a "Petrobrax" é algo que os tucanos nunca assumem.

Luiz Carlos Azenha

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O petróleo é nosso, PSDB!


Por Eduardo Guimarães

O bordão “O petróleo é nosso” foi criado pela Campanha do Petróleo, desencadeada pelo Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e por nacionalistas. Daquela campanha, nasceu a estatal petrolífera nacional, a Petrobras, em 1953.

O Brasil, desde aquela época, vem se dividindo entre nacionalistas e defensores do capital estrangeiro. Em 1938, o governo Getúlio Vargas determinou a exploração de uma jazida de petróleo em Lobato, na Bahia, dando origem ao Conselho Nacional do Petróleo. Desde então, as jazidas minerais passaram a ser propriedade do povo, sendo vedada a propriedade privada.

Criar a Petrobrás, no início dos 50, foi uma decisão acertada. Naquela época, o Brasil importava 93% dos derivados de petróleo que consumia. Hoje, somos autossuficientes.

O monopólio estatal do petróleo durou 44 anos. Foi quebrado em 16 de outubro de 1997 justamente pelo governo Fernando Henrique Cardoso e pelo partido que lhe dava sustentação, o PSDB, que agora, diante da maior descoberta petrolífera da história do país, o pré-sal, novamente avança sobre o petróleo a fim de entregá-lo ao monopólio estrangeiro.

A CPI da Petrobrás, recém-criada no Senado Federal por iniciativa do PSDB e a mando evidente da eminencia parda da agremiação, o governador José Serra, é o mais novo avanço dos entreguistas de que falava Getúlio Vargas, aos quais o país se opôs e criou a empresa petrolífera.

Como disse recentemente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a descoberta e o início das operações de exploração do pré-sal constitui a “Segunda Independência” do Brasil. Através dessa riqueza imensa que jaz em nosso litoral Sudeste, o Brasil poderá ascender ao Primeiro Mundo talvez em uma década, se conseguirmos manter a riqueza a salvo das garras tucanas.

Não é por outra razão que venho propor a criação da nova campanha em defesa das riquezas minerais brasileiras, sugerindo o bordão “O petróleo é nosso, PSDB!”

E, sem titubear, começo propondo o início dessa campanha num ato público em defesa da Petrobrás a se realizar o quanto antes diante do diretório estadual do PSDB em São Paulo, no bairro de Indianópolis, na avenida que leva o mesmo nome, pois o ataque à Petrobrás vem do mesmo partido que começou a entregar o petróleo brasileiro há 12 anos e que quer voltar ao poder no ano que vem para continuar sua obra nefasta.

Como sempre, dependerei de vocês para saírem pela internet propondo em sites e blogs a medida que anuncio aqui em defesa dos interesses nacionais.

Será um ato ao qual se pretende a adesão de partidos, sindicatos, movimentos sociais e da sociedade civil de forma geral. Diante do previsível bloqueio que a imprensa dará a esta iniciativa, só podemos contar com vocês, leitores, e com a força da internet.

Na semana que vem, novamente iniciarei contatos para difundir o ato público proposto. Desta vez, porém, será no âmbito maior de uma campanha que se espera que se espalhe pelo país.

Caso esta proposta receba as adesões minimamente necessárias dos leitores deste blog, novamente o Movimento dos Sem Mídia assumirá o compromisso de organizar outro ato em defesa da cidadania. E vocês, ao aderirem, comprometer-se-ão a difundir esta proposta onde possam - na internet, nas ruas, entre a familia, entre os amigos, onde cada um puder.

Primeiro em São Paulo, na terra da mente criminosa que está por trás de tudo isso, a mente obscura de José Serra. Depois, pelo país inteiro. A campanha deverá durar enquanto durar a CPI da Petrobrás, com atos públicos espalhando-se pelo país até chegarmos a um ato maior, que sugiro que seja feito em Brasília diante do Congresso Nacional.

Pronto, a sorte foi lançada. A reação, agora, dependerá de cada um de nós, de nosso empenho em difundir e defender os interesses do Brasil. Que Deus nos ilumine e ajude a manter as garras tucanas e reacionárias longe das riquezas nacionais.

Eduardo Guimarães - Cidadania.com

5 de maio de 2009

O desprezo de FHC pelo Brasil

FHC: "Dantas é brilhante e Lula ignorante"

Fonte: http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=9980

. O Farol de Alexandria [Fernando Henrique Cardoso], aquele que iluminava a Antiguidade e se extinguiu num terremoto, ofereceu ao PiG (*) deste domingo um daqueles artigos bolorentos, de estilo gorduroso, sem uma metáfora que se leve para casa, uma informação nova (**).

. Trata-se de “Um novo enredo”.

. Ele pretende analisar os acontecimentos correntes e, logo na entrada, chama Obama de “César negro”.

. César, como se sabe, foi um tirano, que morreu apunhalado nas escadarias do Senado, traído até por José Serra …

. (Quem manda dizer que o Lula “é o cara” …)

. FHC faz questão de dizer que as reformas por que passam hoje as instituições de Bretton Woods, como FMI, só vão mudar porque ele disse que assim seria necessário, enquanto foi presidente: “Desde o tempo das crises financeiras, venho insistindo na tecla … o FMI é antes fraco do que forte …”

. Logo ele, que foi três vezes, de joelhos, ao FMI …

. E seu sucessor [Lula], agora, se tornou CREDOR do FMI …

. Porém, o mais revelador é como ele desmerece o Presidente do Brasil.

. Trata o Presidente da República como um ignorante, um “gaiato”.

. É preciso haver uma voz “pouco gaiata”, ele diz.

. Chama Lula de um líder que “desperdiça a chance”.

. “A falta de palavra bem posta na hora certa” …

. Ou seja, Lula não sabe falar, é um ignorante, um gaiato, que vai desperdiçar o que ele deixou de herança: a reconstrução da democracia (acabou de sepultar os Governos Sarney e Itamar), da economia (ele que quebrou o Brasil três vezes), e políticas capazes de aliviar a pobreza.

. Francamente, nem o PSDB acredita que o Bolsa Família da D. Rute tenha dado certo …

. Uma virtude têm os artigos de FHC: eles dão o tom do preconceito e da ideologia da elite branca (e separatista, no caso da elite de São Paulo).

. Está na medula da elite branca desqualificar os presidentes trabalhistas como “ignorantes”, “despreparados”

. Só eles, da elite, podem governar: os engenheiros, os “engomados”, como se dizia no México do Salinas …

. FHC abre o jogo: Lula não tem qualificações para governar.

. E foi porque acreditou nisso que o Farol defendeu a tese do “sangramento”, na crise do mensalão (que ainda está por provar-se): deixar Lula sangrar até a última gota de sangue para que ele, o sábio (***) voltasse ao poder nos braços do povo (de Higienópolis).

. A inveja é sábia: corrói o invejoso por dentro.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

(**) FHC pensa que ainda não inventaram a internet. Que só ele lê o New York Times ou os artigos do George Soros …

(***) Leia na Carta Capital a coluna de Mauricio Dias, “Rosa dos Ventos”, e a nota “Às favas com a ética”. FHC tentou roubar o livro “Dependência e Desenvolvimento na América Latina” do co-autor chileno Enzo Falleto. Isso, quando ele ainda usava o método marxista de análise da realidade. Depois, mandou esquecer o que escreveu …

Paulo Henrique Amorim

4 de maio de 2009

Entranhas da "Elite"

Achei interessante postar aqui um artigo escrito em fevereiro desse ano pelo Eduardo Guimarães em seu blog Cidadania.com

Demonstra bem o quanto racista, preconceituosa e, principalmente, ignorante e proviciana é a "elite" (ou "as zelite") nacional. Aquela que olha para qualquer outra pessoa fora do seu circuito com enorme desprezo. Aquela que vota em Gilberto Kassab, José Serra e acha que o Fernando Henrique Cardoso é o maior intelectual brasileiro de todos os tempos.

Antes, porém, gostaria de esclarecer aos que lêem isto, que "elite" no Brasil é uma palavra mal-empregada e que, simplificando, ELITE é mais usada para designar um conjunto de pessoas (e produtos) de mais alto valor humano, intelectual ou qualitativo, no caso de produtos.

No Brasil, "elite"
(ou "as zelite") significa mais aqueles ricos que moram nos condomínios hiper-luxuosos das maiores cidades brasileiras, atores de novelas e por aí vai.


Paulo Henrique Amorim (link da matéria ao lado) costuma chamá-la de "Chuíça: uma combinação do dinamismo econômico da China com o IDH da Suíça".

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ELITE PODRE
Por Eduardo Guimarães 10/02/2009 às 09:44

Quatro mulheres da burguesia paulistana, esposas de investidores financeiros se reúnem em um bar em São Paulo e contam ao repórter Paulo Sampaio os efeitos da quebradeira internacional em seu relacionamento conjugal

Foi muito bom a Folha ter exposto, na coluna deste domingo (08 de fevereiro) de Mônica Bergamo, as entranhas desse mundinho hipócrita, consumista, fútil e preconceituoso em que chafurda a tão decantada "elite branca" paulistana.

Seus medos patéticos, seu tratamento vulgar do amor e do sexo, seus preconceitos ao chamar descendentes de negros de "baianos", esse apego patologicamente egoísta e insano aos bens materiais e às aparências formam a imagem que essa gente não vê no espelho.

Aplaudo efusivamente essa matéria da Folha porque deixou claríssimo como esse estrato social parasita é patético e exclusivamente dependente de (muito) dinheiro para ser feliz.

As esposas e namoradas desses golden boys da globalização, ora tão depressivos por verem todos os paradigmas nos quais acreditaram toda vida desmoronarem como castelo de cartas, mostram que estão à altura deles e que lhes constituem o merecido castigo.

*
Folha de São Paulo, - Caderno Ilustrada - Mônica Bergamo

Crise? Credo!

Elas contam que "foi difícil". A empresária e profissional de marketing Mariana Campos Barbosa Lima, 34, diz que seu marido "head trader" (consultor financeiro) ficou "mudo". O da joalheira Lyna Carbone Jenner, 30, um investidor do ramo imobiliário, passou a tomar antiácido. O namorado da consultora Ana Carolina Almeida, 29, captador de recursos para crédito externo, parou de mandar a "flor mensal". O da estilista Fernanda Almeida, 29, um corretor de títulos de valores mobiliários, repetia: "Você não sabe como eu tô pobre". Em Nova York, a crise econômica levou mulheres de financistas de Wall Street a criar o Daba ("Dating a Banker Anonymous", ou "Namoradas de Banqueiros Anônimas"), um grupo de apoio mútuo às desoladas garotas (leia box).

FOLHA - Como seus maridos e namorados reagiram à crise?

MARIANA BARBOSA - O meu [marido], que fala pelos cotovelos, ficou mudo.

ANA CAROLINA ALMEIDA - O Cris dormia e acordava com a TV na Bloomberg [canal inglês que transmite as variações do mercado internacional]. Começou a tomar remedinho pra dormir, apareceram alguns cabelos brancos.

MARIANA - No Marcelo, teve um agravante: ele perdeu o ânimo. A gente parou de sair. E meu marido é "o incluído social". São três almoços todo sábado. Não que eu não goste de ir, mas a gente vai por algo além do prazer. Ele acha que precisa.

FOLHA - A crise levou a cortar gastos domésticos?

MARIANA - Temos uma regra em casa. Tudo pode faltar, menos a babá.

FOLHA - Houve mudança no tratamento deles com os outros?

ANA - O Cris perdeu aquela alegria. Nas férias, a gente viajou pra dentro do Brasil. Foi um lugarzinho bárbaro, em Santa Catarina. Era mais pra não gastar dinheiro.

MARIANA - Pra não gastar em dólar, né, Aninha?

FOLHA - E o assunto entre eles?

ANA - Os homens se uniram.

MARIANA - O Marcelo nunca foi de entrar em casa falando ao telefone, mas ele simplesmente não esgotava o assunto.

FOLHA - E o humor?

ANA - De primeiro, o Cris até ficou irritado; depois, carente.

FERNANDA ALMEIDA - O meu caso era completamente diferente de tudo o que eu tô ouvindo. Pelo menos em casa, ele dizia: "Vamos evitar esse assunto".

TODAS - Nossa, que maravilha!

MARIANA - Amigas, nossas histórias são café pequeno perto de outras. Tenho uma conhecida que a vida do marido acabou. Ele perdeu dinheiro aplicado da família inteira. Da irmã milionária, do irmão triliardário. Esse cara é mais velho, quase 50, daquela fase que os nossos meninos não pegaram, em que um cara, com 30 anos, já tinha feito US$ 2 milhões.

FOLHA - Mas hoje ainda existe esse negócio de conquistar o primeiro milhão?

MARIANA - Ôpa! A coisa mais comum nesse meio é ouvir: "Como assim, você vai ter um filho antes de fazer o primeiro milhão de dólares?".

FERNANDA - [Séria] É uma ideia muito idiota!

AS OUTRAS - É, mas existe!

MARIANA - Eles falam sério! Te chamam de irresponsável.

FOLHA - E eles têm esse dinheiro?

MARIANA - Têm...têm, têm.

FERNANDA - Mas quem inventou isso? Você faz parte de qual porcentagem do PIB nacional?

MARIANA E ANA - Não, Fernanda, isso é conversa de roda no mercado financeiro.

LYNA JENNER- É papo de menino. É o equivalente a: "Como você não tem uma enfermeira, só uma babá?".

FOLHA - Costuma-se dizer que o investidor do mercado financeiro valoriza o status proporcionado pelo que é caro.

TODAS - Ôpa, sem dúvida!

MARIANA - O carro, o relógio, o sapato.

ANA - Principalmente o carro.

FOLHA - Qual o carro do Cris?

ANA - [Rindo] Ele comprou um Freelander [Land Rover].

LYNA - O Cris [são dois com o mesmo nome] é bem consumista. Sapato, roupa... o carro é uma BM[W].

MARIANA - Quando eu comecei a namorar o Marcelo, achava que ele era milionário. Eu nasci bem, morei em Nova York, mas, mesmo assim, ele me impressionou. Pensei: "Que sorte encontrar um cara lindo, rico...". Ele morava sozinho em um apartamento enorme, de quatro quartos, na Vila Nova Conceição, e era chiquérrimo nos detalhes: na abotoadura, no bico do sapato. Ele sempre diz: "Para alguém colocar o dinheiro comigo, tem que acreditar que eu sou muito rico, muito próspero".

FOLHA - A crise mudou isso?

LYNA - O que mudou foram os planos de comprar uma casa no campo, fazer uma megaviagem pra St. Barths, pra Europa.

FOLHA - Parece mais frustrante ainda para quem costuma planejar o que vai fazer com o dinheiro que ainda não ganhou.

LYNA - A vida continua.

FOLHA - Fora ganhar dinheiro, do que os rapazes gostam?

ANA - O Cris ama vinho. Tem duas adegas, que deram uma boa esvaziada. E, no auge, ele não repôs. Só agora, recentemente.

FOLHA - Como é a casa de um investidor como o Cris?

ANA - Ele mora em um apartamento de homem, no Morumbi. São três quartos, mas ele quebrou um com a sala e tem um escritório.

FOLHA - Fernanda falou pouco...

FERNANDA - Meu namorado não segue esse estereótipo, sapato, relógio. Ele se mudou agora para um apartamento melhor, comprou jipe.

FOLHA - Que jipe?

FERNANDA - Acho que é Santa Cruz... [com expressão de quem pede socorro] ou Veracruz?

MARIANA - Tem os dois.

FERNANDA - Veracruz, então. LYNA - Mais de R$ 100 mil.

FOLHA - O.k., mas como foi então que ele sentiu a perda de dinheiro?

FERNANDA - Ele dizia: "Você não sabe como eu tô pobre!". Eu o animava. Outro dia fomos comer num japonês que é mais carinho e vivia lotado, estava vazio. Mas a gente tava lá.

FOLHA - Ele não é consumista?

FERNANDA - Não, gasta com vinho e comida.

MARIANA - É que o mercado financeiro tem as miniturmas. A do polo, a do golfe...

FOLHA - Você conhece a "miniturma do polo"?

MARIANA - 90% do mercado financeiro faz polo. Na crise, meu marido não jogou nenhuma vez. Custa uma fortuna. Tem que ter sete cavalos. Então, nessas sutilezas é que você sente a crise.

FOLHA - Os especialistas dizem que é comum haver problema sexual em homens que enfrentam crises.

TODAS - Siiiiim [mas ninguém diz que aconteceu consigo].

LYNA - Eu estava de resguardo.

ANA - Eu só vejo o Cris no fim de semana, então não mudou.

FOLHA - Uma amante faz parte do arsenal de status do investidor?

FERNANDA - Claro, de todos. ANA - Eu não penso nisso. MARIANA - Não é coisa de investidor, é de homem.

FOLHA - Recentemente, entrevistei um psicanalista que acredita que os investidores escolhem suas mulheres pensando mais em fazer uma dupla social boa do que no amor.

MARIANA - Rola isso, sim. É até feio falar, mas a ex-namorada do Marcelo era uma "baianinha". Tenho certeza de que o fato de eu ter morado no mundo inteiro, falar línguas, conhecer pessoas o levou a pensar: "Vou ficar com esse fim de mundo [a "baianinha"] ou fazer essa troca?". E me escolheu.

ANA - O Cris tem pavor de mulher feia. Gorda? Não pode ver.

FOLHA - Como enfrentar a crise?

MARIANA - Quando a gente pensava em abrir um vinho de preço exorbitante, o Marcelo dizia: "Não vamos abrir esse, não. Vai que a gente precise vender...".

Todas riem muito.

ANA - É cada coisa louca. A gente ficava imaginando vender o carro e ter que andar num "Unozinho", sei lá, vender a casa, sabe quando você começa a pensar? Vender a mãe pra recuperar o que eu perdi e investir...

Fonte: http://edu.guim.blog.uol.com.br/arch2009-02-08_2009-02-14.html

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Elite brasileira...

Dilma sob ataque da Veja/Época (PIG)

Por Carls 1969

Clique na imagem (subliminar de Época) abaixo para vê-la mais detalhada



Até às eleições de 2010, veremos ataques viscerais que toda a mídia nacional (PIG, Partido da Imprensa Golpista) fará à pré-candidata do PT Dilma Rousseff à Presidência desse País.

Utilizarão mensagens explícitas e também subliminares, como demonstra essas duas capas veiculadas NESSA MESMA SEMANA! Isso dá uma idéia do quê está por vir. Os próximos 18 meses serão de fogo! As zelite (5% da população) querem de volta toda a riqueza que esse Brasil de Lula tem re-distribuído à todo o resto da população que, por 500 anos, ficaram à mercê dos eternos colonizadores das Avenidas Paulista e Vieira Souto, no Rio de Janeiro.

De agora pra frente, veremos capas e manchetes desse tipo todos os dias. Se preparem aqueles que tenham pouco fígado.

A bela RUTH DE AQUINO, colonista de Época, escreveu na sua página o que segue abaixo:

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Ouvir de Lula que “Dilma não tem mais nada” é um pouco demais. Porque é mentira

Tem vacina contra populismo? E contra corrupção? Não, não é gripe suína, o Ministério da Saúde já garantiu que “o Brasil está preparado, os aeroportos estão sendo monitorados e dobrou a fiscalização de quem chega”. E todo mundo acreditou, porque aqui só chega marola, não é assim? O vírus cruzará o Atlântico e chegará aqui fraquinho. A epidemia que me preocupa é outra. A da ignorância. Tem injeção contra contaminação? Não quero meus filhos só três horas por dia na escola sem aprender nada. E se eu rezar?

O maior escândalo da semana foi o aproveitamento político do câncer da ministra Dilma Rousseff pelo presidente Lula [PELO PRESIDENTE LULA??? E AS CAPAS DE REVISTAS E JORNAIS??], no calor do palanque amazônico. Dilma não merece. E a gente menos ainda. Ele é o cara que encanta o povo brasileiro, pela simplicidade e simpatia. Mas ter de ouvir de Lula que sua candidata “certamente não tem mais nada” porque “o câncer já foi tirado” e ela fará agora apenas “um tratamento preventivo” é um pouco demais. Porque é tudo mentira. Lula subestima seus ouvintes. Uma coisa é ser otimista. A outra é faltar com a verdade de maneira calculada, para tornar a ministra da Casa Civil, aos olhos do povo, uma mulher como qualquer outra. Do palanque, Lula apelou por apoio e sentimentalismo em momento que exigiria reserva e cuidados: “Rezem por ela”.

Quem conhece Dilma – e a maioria dos brasileiros ainda não conhece – ficou profundamente entristecido com a notícia. É mais um drama para essa mulher que foi guerrilheira aos 19 anos, caiu na clandestinidade sob o codinome Estela e foi torturada com choques elétricos. Dilma leva tudo a sério. Submeteu-se a uma cirurgia plástica para suavizar as rugas e a aparência durona, e se jogar com força e charme na campanha presidencial, rodando pelo país. Tudo leva a crer que vai sair desta e recuperar a saúde. Mas prever que a ministra não abandonará a “agenda dupla” é irresponsável.

Conversei com uma médica brasileira (QUEM???), sumidade em diagnósticos. Ela já salvou amigas minhas que tiveram câncer e estão muito bem: “Ruth, eu adoro e admiro muito a Dilma, e essa notícia foi um choque tremendo para mim. Essa quimioterapia, que dizem aí [DIZEM AÍ??] que durará cinco meses, na verdade pode chegar a seis, sete meses, e é uma pancada brutal no organismo [SIC!]. Em breve, a ministra acordará e todos os seus cabelos estarão sobre a cama. Cairão sobrancelhas, cílios. A nutrição terá de ser controlada, alimentos esterilizados. Com a imunidade baixa, não poderá se expor a contato com multidão”. Como esperar, humanamente, que a ministra se mantenha neste ano sob holofotes e em campanha para uma eleição já em 2010? Esse risco, só a própria Dilma e seus parentes mais próximos podem avaliar. E Lula chama o tratamento de “preventivo”.


A doença de Dilma (câncer ainda é uma palavra que se evita) ["DOENÇA" É AINDA PIOR, PORQUE NÃO TEM UMA DEFINIÇÃO] e a epidemia de gripe suína colocaram em segundo plano as estripulias no Congresso. Mas houve uma reviravolta ética na novela “Caminho de Brasília”: a farra das passagens não foi a plenário. Parentes e amigos de parlamentares não poderão mais viajar com nosso dinheiro. Os deputados se sensibilizaram com a tal “opinião pública manipulada pelo denuncismo da imprensa”. Muito bem. Mas foram todos anistiados pelos erros anteriores. Por isso, o mineiro Edmar “Castelo” Moreira, hoje sem partido, também quer perdão, é filho de Deus.

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Haja fígado...


FHC incoerente. Como sempre.

Ahmadinejad no Brasil e as duas caras de FHC


Fonte: Vermelho.org.br

Na próxima quarta feira, dia 5, o presidente do Irã, Mahamoud Ahmadinejad, desembarcará em Brasília, a convite do governo brasileiro, feito durante o encontro ocorrido em janeiro de 2007, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente iraniano participaram da posse de Rafael Correa, do Equador.

Ahmadinejad virá acompanhado de uma comitiva de cerca de 200 pessoas - entre elas 110 especialistas em diversas áreas econômicas, representando 65 empresas, além de instituições e ministérios, em 23 diferentes setores como o petróleo, gás, seguros, comércio, indústria alimentícia e pesquisa.

O atual embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, caracteriza este encontro como o início de uma nova etapa na relação entre os dois países, aproximação que deve ser encarada no contexto de uma nova ordenação mundial. Segundo ele, a fase do unilateralismo passou, e aquela nefasta política da era Bush vai dando lugar à idéia do multilateralismo, onde muitas potências emergentes vão se destacando, como o Brasil e o Irã.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não gostou da visita e desperdiçou mais uma vez seu espaço na mídia nacional neste final de semana para dar um arremedo de pito no governo Lula por considerar inadequado receber o dirigente máximo iraniano após o discurso de Ahmadinejad em uma conferência mundial promovida pela ONU a respeito da questão do racismo.

O ''príncipe dos sociólogos'' não consegue ser coerente nem mesmo no espaço de meia página dos jornais dominicais. Procura elogiar os primeiros cem dias de exercício do governo Barack Obama (ver quadro abaixo), nos Estados Unidos - destacando inclusive a iniciativa americana de estabelecer conversações com o Irã (satanizado pelo governo anterior), abrindo novos canais no oriente Médio e procurando descongelar as relações com Cuba - e ao final do artigo critica o encontro dos presidentes do Brasil e do Irã.

O presidente do Irã não é, para dizer o mínimo, prudente com as palavras, e o governo brasileiro já manifestou seu desgosto com o discurso pronunciado por Mahamoud Ahmadinejad na abertura da conferência da ONU sobre o racismo. Pela forma contundente e pouco diplomática, e não pelo conteúdo das denúncias e do iníquo tratamento que o governo de Israel dispensa aos árabes e palestinos, que considera como racialmente inferiores.

Feita esta ressalva, é preciso dar relevo, contra os argumentos do ex-presidente, ao fato de que neste período de crescimento do unilateralismo, a cooperação sul-sul e entre países emergentes, como o Brasil e o Irã, são fundamentais para o fortalecimento dos respectivos mercados internos. Vários temas comuns poderão ser tratados como o combate à pobreza, o fortalecimento da justiça social e o combate ao novo tipo de colonialismo exercido pelas economias mais fortes do planeta. Estes objetivos se encaixam perfeitamente na atual política externa do governo brasileiro, determinado a desenvolver as relações do Brasil com a África, com o Oriente Médio e com os países da Ásia. Nesse sentido, seja bem-vindo, presidente Mahamoud Ahmadinejad.

3 de maio de 2009

Ciro Gomes: "Serra é capaz de tudo!"

Kennedy Alencar com Ciro Gomes numa das mais reveladoras entrevistas dos últimos 10 anos sobre os bastidores dos governos Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva. E sobre o imenso perigo chamado José Serra. Assista.