Fonte Vídeo: Blog do Planalto
Comentário DiAfonso:
Anita não é uma mulher qualquer. Ela é uma mulher especial. Especialíssima.
Mulher que deixa entrever uma capacidade reflexiva cuja construção se dá a partir da crueza das ruas, a partir de sua dura labuta como catadora de material reciclável.
É a sua vivência que fala mais alto e do fundo de seu coração. A sua compreensão do processo histórico é genuína, não é produzia nas universidades.
Nessa compreensão, não se evidenciam suportes teóricos oriundos dos mais diversos campos do saber, não se cita estudioso A ou B.
No "registro da realidade da vida", como Anita simplesmente verbaliza, pode se perceber que a análise sociológica, histórica e antropológica não está sobreposta, mas amalgamada. Amalgamada em sua própria vida.
A clareza com que ela se reporta a LULA e às ações de um governo voltado para as classes sociais esquecidas por governantes anteriores faz eclodir a certeza de que algo mudou neste país. Algo mudou de verdade.
Agora não existem "loucos", "mendigos" ou "lúmpen", há gente, há pessoas. É isso que Anita, em sua honesta manifestação, quer nos dizer:
"... estamos aqui num encontro de um natal com o nosso amigo Presidente. Presidente este que vê a gente como [...] nós somos: pessoas dignas, pessoas humanas que temos o mesmo caminhar, o mesmo olhar... Sabe por que gente? Porque todos nós somos seres humanos, todos nós somos frutos de uma vontade que não é nossa... [...] Ninguém nasceu do asfalto... Foram coisas que vieram acontecendo no processo da vida e, nesse processo dessa dura realidade, o que mais me magoava, quando eu me encontrava pelas ruas, eram os olhares preconceituosos... O olhar de rejeição [...] Quando a gente vê, nesse processo histórico da nossa realidade brasileira, um Presidente da República que nos enxerga como pessoas, como gente, como seres humanos... Isso é gratificante... Isso reaviva a alma [...] Olha... Eu, uma negra, população de rua, sendo abraçada pelo um presidente da república, rapaz...!
25 de dezembro de 2009
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